Vendemmia avalia alta dos fretes marítimos e tem bons resultados mesmo com a crise da Covid-19

São Paulo – A pandemia provocou uma mudança de rotina nas fábricas do mundo inteiro que, somada à escassez de containers disponíveis, fez com que o mercado de cargas internacionais (a espinha dorsal do comércio global) viu os preços dos fretes marítimos saltarem absurdamente a partir do meio do ano. 

Depois da parada inicial do começo da pandemia e com as empresas retomando seu funcionamento, a disputa por um espaço em navios se intensificou e, a partir de julho, os preços dos fretes saíram de uma média de U$ 500 para quase U$ 7 mil, um número nunca visto na história. Os prazos de embarque também sofreram alterações e os dois fatores estão impactando importadores e exportadores ao redor do mundo.

Operadores logísticos do mundo inteiro têm se movimentado para mitigar os problemas para seus clientes e atenderem os pedidos. Com a Vendemmia, não tem sido diferente. A empresa brasileira não conseguiu fugir dos preços altos dos fretes cobrados pelos embarcadores, mas tem se desdobrado para que os seus contratos junto aos armadores sejam cumpridos.

“Além da grande experiência de mercado, temos contratos com alguns dos maiores agentes de carga do mundo e um volume constante de transporte histórico, com uma alta demanda, o que viabiliza os espaços para os nossos clientes.  Isso nos favorece muito, pois nos dá garantia que nossos clientes seriam contemplados e teriam espaço nos navios. Durante toda essa crise, não deixamos de embarcar ninguém”, explica Rafael Puglia, sócio-fundador da Vendemmia.

A empresa acha que os altos preços devem continuar no primeiro trimestre de 2021. “Acreditamos que a situação comece a normalizar só em março, quando os preços devem começar a ter uma queda lenta e gradual, após o Ano Novo Chinês. Porém, já estamos nos movimentando junto a clientes e conversando para buscar soluções que não nos deixem tão dependentes da utilização dos containers tradicionais (20’e 40’ pés)  e possamos, por exemplo, usar o transporte de containers Reefer”, adianta Rafael.

A crise gerada pela conjuntura formada por alta do dólar, aumento dos fretes, escassez de containers e pandemia causaram efeitos em todos os segmentos, mas em alguns, com menor valor agregado, com certeza o impacto foi maior. Rafael avalia que, mesmo com tudo isso, alguns poucos setores onde atuam foram afetados de maneira mais drástica, mas a grande maioria conseguiu alcançar bons números no cenário nebuloso de 2020.

(*) Com informações da Vendemmia

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